É tão fácil dizer a palavra amo-te quando a embriaguez das 3 da manhã já nos consome o corpo. Nesse momento é fácil pensar em simples soluções para os problemas que surgirão na tarde seguinte pela calada.
O que não é fácil é sentir a verdade pesada cair-nos em cima na sobriedade dos primeiros raios de sol que passam ao de leve pelos buraquinhos dos estores.
Prometemos a nós que não voltaremos a passar pelo mesmo mas meses depois estamos deitados na cama com perguntas como "porque raio é que eu fiz isto?" a pairar-nos na cabeça.
Acredito plenamente que dizemos o que pensamos com a ajuda de um pouco de álcool. É como um elixir da verdade, ou talvez seja só eu que sou assim. Infelizmente, parece que não tenho cura. Nunca sou honesta o suficiente porque toda a gente tem segredos e porque sou uma pessoa fechada. No entanto, contei-lhe tudo naquele dia.
Só me arrependo de não lhe ter contado que ainda guardo um pouco de um estúpido rancor por essa pessoa não ter aparecido nos meus anos. É uma estupidez dado que a culpa não é dessa pessoa... Mas esperava mais de mim como alguém que estava a deitar tudo cá para fora.
Ainda me sinto pior por lhe ter mentido há alguns dias atrás sobre uma tal mensagem. Eu sei porque a mandei. Porque estive esse dia todo sem mais ninguém na cabeça e, mais uma vez, honesta como sou com álcool nas veias, mandei sms à única pessoa que poderia tirar-me o tédio disto a que chamamos vida.
4 comentários:
R: São, não são? Nunca hei de perceber isso...
R: Obrigada (:
A vida em movimento. Passamos na estrado do amor por alegrias e tristezas e até ódio, mas o importante é continuarmos sempre no caminho do amor... Um belo fim de semana.
Há momentos que temos que deitar tudo cá para fora...
Enviar um comentário