I am a girl filled with dreams.

3ºCapitulo - Rachel

Escola

Hide | Flickr - Photo Sharing!

- Rachel! É melhor tomares atenção ao professor…Tens mesmo de melhorar as notas este semestre. – Disse Bryan.
Mas ele acha que é o meu pai ou quê?
- O quê? – Perguntei. Seria muito mau se repetisse tudo o que estava a pensar.
- Sempre na lua! Oh meu deus! A professora vem aí. – Disse Bryan olhando para mim e sorrindo.
- A falar sozinha de novo? Rachel... Não tem emenda pois não? Devia começar a crescer e a entender que isso não é normal...Vá ao gabinete do psicólogo. Agora! – Mandou a professora, deixando-me na dúvida se estaria com pena de eu passar mais aulas com psicólogo do que com ela, ou se estava mesmo chateada. 
Eu não fiz nada, era o que me apetecia gritar. Mas como é óbvio, não tenho provas e tenho demasiado medo de a enfrentar.
Os meus pais morreram quando tinha 5 anos e desde aí tive de aprender a lidar com os desafios da vida sozinha. É daí que vieram as minhas inseguranças. Pode não parecer mas, ao longo dos anos passamos por imensos desafios e, sem os nossos pais para nos ajudarem, parece que não, mas é complicado.
Abri a porta e voltei as costas às dezenas de olhares que se pousaram em mim. Saí para o corredor e dei de caras com dois homens de fato preto no fundo daquelas paredes brancas. Mal a porta se fechou atrás de mim eles tiraram rapidamente as pistolas de dentro do fato e eu, assustada e sem pensar duas vezes, escondi-me dentro de uma sala de arrumações. Os homens de fato eram assustadores.  Uma má combinação mas uma óptima faca afiada a roçar a minha curiosidade. Seriam terroristas? Agentes secretos? Polícias? Mas o que estavam a fazer na escola?
Por isso, apesar de não o querer, apesar de todo o medo que tinha, levantei-me, respirei fundo e quando tive a certeza de que já tinha passado algum tempo, abri a porta devagar. Queria segui-los, descobrir o que se passava.
- Ok! Vamos lá divertir-nos um pouco! – Exclamou Bryan a meu lado, o que me fez dar um pequeno salto na sua direcção. Ele agarrou-me e não me deixou tocar sequer no chão.
- Não me faças mudar de ideias. - E sorri.
Ele deu uma gargalhada e confirmou que o caminho estava livre.
- Nunca!

Sem comentários: